Entramos em um ciclo vicioso. Muita gente não faz seus (pequenos) trajetos de bicicleta por achar muito perigoso. O perigo, porém, só existe por falta de bicicletas na rua. Segundo uma pesquisa realizada pelo Prof. John Pucher, da Rutgers University, que estuda o uso de bicicletas a 12 anos, quanto mais ciclistas existem em um país, menor o índice de acidentes.
Na Holanda e Dinamarca, onde grande parte da população usa esse meio de transporte (principalmente no último país), os índices de mortalidade de ciclistas são os menores quando comparados com a América do Norte e outras nações da Europa. E, detalhe, na Dinamarca, o uso de capacetes não é obrigatório, e é onde se registra a menor taxa.
O que se deve fazer, então? De acordo com a apresentação Cycling For Everyone, de Pucher, feita em Vancouver, no Canadá, aumentar as políticas públicas pró-bicicleta e anti-automóvel é o melhor meio. As cidades da Holanda, Dinamarca e Alemanha, a partir da década de 1970, limitaram o uso do carro e passaram a estimular o transporte público, o pedestre e, claro, as bicicletas. Graças a isso, os índices dobraram em algumas cidades, como Munique, Colônia e Berlim.
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