quarta-feira, julho 30, 2008

Gagueira

Rá-tá-tá-tá-tá-có-có-có-pó-pó-pó-pó-di-di-di-di





muito hilário....

Um comentário:

Luíza disse...

Para mim, é bem difícil reconhecer a comicidade da situação. Não condeno aqueles que vêem humor na revolta de Dona Solange. Porém, para quem convive com a dificuldade, é impossível dissociar o humor que a gagueira evoca, do sofrimento que muitas vezes a acompanha.

Para quem tem gagueira, e aí estão incluídas cerca de 1,8 milhão de pessoas só no Brasil (entre crianças, adolescentes e adultos), o que é mais doloroso na forma geralmente escarnecedora como o problema é trazido a público não é exatamente o humor, que é algo quase inerente à condição (chega até a ser um consolo pensar que é possível fazer as pessoas rirem com algo que frequentemente nos faz chorar).

O que mais dói mesmo é ver que, depois da graça, depois do riso, depois do gracejo, depois da ridicularização, não há mais nada. É só isso. Depois da humilhação não se segue nenhum esclarecimento, nenhuma orientação, nenhuma solidariedade, nenhum número para procurar ajuda, nenhum site, nada que possa aliviar na gente o desespero e o fardo de carregar todo esse estigma.

A sociedade precisa aprender a ser mais solidária com as pessoas que gaguejam.